Uma situação que estava evidente desde as primeiras portarias aprovadas pelo MEC ( Ministério da Educação) para que as Instituições de Ensino Superior pudessem ministrar cursos de graduação na modalidade ensino a distância. Uma série de fatores, os quais não foram levados em consideração ou, foram simplesmente ignorados por ambas as partes envolvidas no processo, quando estas IES solicitaram autorização ao MEC. Basta prestar a atenção no que está acontecendo hoje com estas instituições. E o pior disto tudo, quem está pagando por estes erros, tais como: falta de planejamento, conhecimento, estratégia e, principalmente, falta de comprometimento, são os alunos, aliás, sempre sobra para a parte mais vulnerável dos processos ou relações entre empresas e clientes (alunos e parceiros neste caso específico). O senhor Fernando Haddad, Ministro da Educação, tomou a atitude esperada, está fazendo uma devassa nos pólos IES EAD e está fechando os pólos montados em garagens, em sobreloja de "casas de tolerância", em locais sem as mínimas condições de funcionamento, nem para pólos EAD nem para qualquer outro tipo de atividade, por não ter as mínimas condições de funcionamento. São locais sem acesso para portadores de necessidades especiais, sem iluminação adequada, sem ventilação, com goteiras, infiltrações e problemas de toda a ordem.
Basta prestarmos atenção para percebermos quais as reais intenções da grande maioria das IES que "comercializam" cursos EAD, visam pura e simplesmente o lucro fácil, o comprometimento destas IES passa muito longe do comprometimento social, o que deveria ser o objetivo principal desta modalidade de ensino, ou seja, facilitar aos menos favorecidos, tanto na questão financeira quanto no fator tempo, visto que esta modalidade permite um único encontro semanal dos alunos e os valores de mensalidades giram em torno de R$175,00 (cento e setenta e cinco reais) mês. Quando me refiro ao voraz apetite das IES EAD, ao que se refere a valores, sei muito bem do que estou falando, prestei consultoria para duas IES EAD, jurei nunca mais atender qualquer IES EAD após ver o que vi e ser tratado da maneira como fui, mas isto tratarei em outra postagem, inclusive com os nomes das referidas IES EAD. Simplesmente um absurdo as pratica destas instituições, regra geral: Os parceiros (mantenedores de pólos em parceria com uma IES EAD) invariavelmente são vítimas tanto quanto seus alunos, porém não os eximem da culpa pela série de problemas existentes neste meio, são culpados por omissão ou até mesmo por desconhecimento, sempre digo que todo o empreendedor deve procurar informa-se a respeito do tipo de negócio em que pretende investir e, regra principal, com quem ele irá manter parceria para gerir e manter tal negócio, pouquíssimos tomam estas atitudes, o que acontece e o que está explodindo por todo o país com relação a cursos superiores EAD, está deixando que milhares de alunos percam tempo e dinheiro, pois viram seus cursos fechados pelo MEC sem qualquer tipo de reparação, os donos de pólos simplesmente se eximiram das responsabilidades alegando que a culpa seria exclusivamente da IES certificadora ou do MEC...em fim, sobra sempre para a parte mais frágil no processo, O ALUNO.
Recebo e-mails com questionamentos sobre a disposição do MEC em liberar novas portarias para que os cursos superiores EAD tenham sequência, pois em meu ponto de vista estão perdendo tempo, os governos federal e estaduais estão se lançando nesta modalidade de tal forma que dificilmente haverá alunos para todas as IES EADs privadas, já que os cursos são gratuitos pelas UAB ( Universidade Aberta do Brasil). Quem pagaria para fazer um curso em empresa privada, sucetíveis aos mais diversos problemas, se tem ao seu alcance gratuidade e garantia de continuidade com a qualidade dos docentes das Universidades Públicas, tendo em seus currículos especializações de mestrado e doutorado ministrando aulas?
Por estes e outros tantos motivos creio que a maioria esmagadora das IES EAD privadas estão com seus dias contatos, pelo menos da forma como conhecemos hoje.
Abraço.
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