quarta-feira, 15 de junho de 2011

TCHÊ, MAS QUE BARBARIDADE!!!! (PARTE 2)

Mais alguns termos gaudérios, os quais só se ouve pelas paragens do Rio Grande do Sul:



Daí Tchê: Oi.
Daga: Adaga, facão.
De vereda: Imediatamente, de momento, de uma vez.
Dobrar o cotovelo: Beber, levar o copo à boca.
Doma: Ato de domar. Ato de amansar um animal xucro.
Domador: Amansador de potros. Peão que monta animais xucros.
Duro de boca: Diz-se do animal que não obedece à ação das rédeas.
Duro de Pelear: Difícil de fazer, trabalhoso.
Desaquerenciado: Não aquerenciado: "Mesmo pelo gado novo, desaquerenciado, que forcejava muito naquela divisão.
Embretado: Encerrado no brete, metido em apertos, apuros ou dificuldades. Enrascado, emaranhado.
Entrevero: Mistura, desordem, confusão de pessoas, animais ou objetos.
Erva-Caúna: Variedade de erva mate de má qualidade, amarga.
Erva-Lavada: Erva já sem fortidão por ter servido para muitos mates.
Estar com o diabo no corpo: Estar furioso. Estar insuportável.
Estar com o pé no Estribo: Estar prestes a sair.
Estrela-Boieira: Estrela d´Alva.
Estribo: Peça presa ao loro, de cada lado da sela, e na qual o cavaleiro firma o pé.
Estropiado: Diz-se o animal sentido dos cascos, com dificuldade de andar, em conseqüência de marchas por estradas pedregosas.
Estouro: dispersão para todas as direções dos bois de um rebanho em marcha, tomado de súbito e inexplicável pânico.
Facada: Pedido de dinheiro feito por indivíduo vadio, incapaz de trabalhar, que não pretende restituí-lo.
Facho: O ar livre. Usado na expressão sair do facho.
Fatiota: Terno; Conjunto de roupas do homem: calça, colete e paletó.
Fiambre: Alimento para viagem, geralmente carne fria, assada ou cozida.
Fazer a viagem do corvo: Sair e demorar muito a regressar.
Flete: Cavalo bom e de bela aparência, encilhado com luxo e elegância.
Funda: Estilingue, bodoque.
Faceiro: Elegante, garboso, taful. Diz-se também do cavalo garboso, brioso. É port. Noutro sentido. O superlativo é muito usado
Flaco: Fraco, magro, desnutrido.

Gadaria: Porção de gado, grande quantidade de gado, o gado existente em uma estância ou em uma invernada.
Gado chimarrão: Gado alçado, xucro, sem costeio.
Galpão: Construção existente nas estâncias, destinadas ao abrigo de homens e de animais. O galpão característico do Rio Grande do Sul é uma construção rústica, de regular tamanho, em geral de madeira bruta e parte de terra batida, onde o fogo de chão está sempre aceso. Serve de abrigo e aconchego à peonada da estância e a qualquer tropeiro ou gaudério que dele necessite.
Gato: Bebedeira, porre, embriaguez.
Gaudério: Pessoa que não tem ocupação séria e vive à custa dos outros, andando de casa em casa. Parasita. Amigo de viver à custa alheia.
Graxaim: Guaraxaim, sorro, zorro. Pequeno animal semelhante ao cão, que gosta de roer cordas, principalmente de couro cru e engraxadas ou ensebadas, e de comer aves domésticas. Sai geralmente à noite. É muito comum em toda a campanha.
Gringo: Denominação dada ao estrangeiro em geral, com exceção do português e do hispano-americano.
Guaiaca: Cinto largo de couro macio, às vezes de couro de lontra ou de camurça, ordinariamente enfeitado com bordados ou com moedas de prata ou de ouro, que serve para o porte de armas e para guardar dinheiro e pequenos objetos.
Guaipeca: Cão pequeno, cusco, cachorrinho de pernas tortas, cãozinho ordinário, vira-lata, sem raça definida. Pequeno, de minguada estatura. Aplica-se também às pessoas, com sentido depreciativo.
Guapo: Forte, vigoroso, valente, bravo.
Guasca: Tira, corda de couro cru, isto é, não curtido; Homem rústico, forte, guapo, valente.
Guasqueaço: Pancada, golpe dado com guasca. Relhaço, relhada, chicotada, chibatada, correada, açoite.
Guri: Criança, menino, piazinho, serviçal para trabalhos leves nas estâncias.
Grenal: Confronto entre os times do Grêmio e Internacional (POA).
Ganiçar: Ganir.
Grenal: Confronto entre os times do Grêmio e Internacional.
Guabiju: Fruta silvestre, comestível, semelhante à jabuticada, porém um pouco menor e que não cresce presa ao tronco como aquela.
Guaiaca: Cinto largo de couro macio, às vezes de couro de lontra ou de camurça, ordinariamente enfeitado com bordados ou com moedas de prata ou de ouro, que serve para o porte de armas e para guardar dinheiro e pequenos objetos.
Há cachorro na cancha: Significa que há alguma coisa atrapalhando a execução de determinado plano.
Haraganear: Andar solto o animal por muito tempo, sem prestar serviço algum.
Invernada: Grande extensão de campo cercado. Nas estâncias, geralmente, há diversas invernadas: para engordar, para cruzamento de raças, etc.
Iguaria: Culinária.
 
 
 
Juiz: Pessoa que julga a chegada dos parelheiros, nas carreiras, em cada laço. O mesmo que julgador.
Jururu: Cabisbaixo, tristonho, abatido.
Lábia: Habilidade de conversa.
Lambe esporas: Indivíduo bajulador; leva e traz.
Lasqueado: Trouxa.
Légua: Medida itinerária equivalente a 3.000 braças ou 6.600 metros. O mesmo que légua de sesmaria.
Lançante: Descida. Forte declive num cerro ou coxilha; qualquer terreno em declive.
Loscanha
: Indivíduo meio louco, aluado
Macanudo: Designa alguém bonito ou algo legal.
Maleva: Bandido, malfeitor, desalmado. Cavalo infiel, que por qualquer coisa corcoveia.
Maludo: Cavalo inteiro, garanhão. Diz-se do animal com grandes testículos.
Mangueira: Grande curral construído de pedra ou de madeira, junto à casa da estância, destinado a encerrar o gado para marcação, castração, cura de bicheiras, aparte e outros trabalhos.
Manotaço: Pancada que o cavalo dá com uma das patas dianteiras, ou com ambas. Bofetada, pancada com a mão dada por pessoa.
Maricas: Homem que se ocupa de trabalhos próprios de mulheres. Homem efeminado. Homem que gosta de intrometer-se em assuntos reservados a mulher, sf (tupi amazônico maríka) Fina faixa de carne sob a pele do ventre, formada pelo músculo cuticular. pop Maricas.
MTG: Movimento Tradicionalista Gaúcho. Existe um para cada estado brasileiro.
Mamona: Diz-se de ou a terneira de sobreano que ainda mama.
Matambre: uma carne magra que há no costelar entre o couro e a carne: este matambre tira-se do couro com facilidade, e não se come senão depois de bem amaciado. Vem do cast. Mata-hambre, mata fome, por ser a primeira que se pode tirar da rês, depois da língua.
Mexericaba: confusão ou mistura de vários objetos, de coisas ou animais que deviam estar separados; balbúrida, desordem. É diferente do sentido português
Negrinho: Designação carinhoso que se dá a crianças ou a pessas que se tem afeição
Num Upa: Num abrir e fechar de olhos, de golpe, rapidamente
Oigalê: Exprime admiração, espanto, alegria.
Orelhano: Animal sem marca, nem sinal.
Paisano: Do mesmo país. Amigo, camarada.
Palanque: Esteio grosso e forte cravado no chão, com mais de dois metros de altura e trinta centímetros aproximadamente de diâmetro, localizado na mangueira ou curral, no qual se atam os animais, para doma, para cura de bicheiras ou outros serviços.
Papudo: Indivíduo que tem papo. Balaqueiro, jactancioso, blasonador. O termo é empregado para insultar, provocar, depreciar, menosprezar outra pessoa, embora esta não tenha papo.
Passar um pito: Repreender, descompor.
Patrão: Designação dada ao presidente de Centro de Tradições Gaúchas (CTG). Patrão-Velho: Deus.
Pelea: Peleja, pugilato, contenda, briga, rusga, disputa, combate.
Pelear: Brigar, lutar, combater, pelejar, teimar, disputar.
Petiço: Cavalo pequeno, curto, baixo.
Piá: Menino, guri, caboclinho.
Piquete: Pequeno potreiro, ao lado da casa, onde se põe ao pasto os animais utilizados diariamente.
Poncho: Espécie de capa de pano de lã, de forma retangular, ovalada ou redonda, com uma abertura no centro, por onde se enfia a cabeça. É feito geralmente de pano azul, com forro de baeta vermelha. É o agasalho tradicional do gaúcho do campo. Na cama de pelegos, serve de coberta. A cavalo, resguarda o cavaleiro da chuva e do frio.
PôTchê: O mesmo que bah.
Potrilho: Animal cavalar durante o período de amamentação, isto é, desde que nasce até dois anos de idade. Potranco, potreco, potranquinho.
PTG: Piquete Tradicionalista Gaúcho.
Pachola: Sujeito exibido. Nó de lenço.
Parelheiro: Cavalo preparado para a disputa de carreiras. Cavalo de corrida. (Deve provir de parelha, já que a maioria das corridas realizadas, anteriormente, no Rio Grande do Sul, eram apenas de dois cavalos).
Peão: Homem ajustado para fazer o serviço do campo: esta designação se estende até aos escravos exclusivamente ocupados no serviço das estâncias.
Pealar: Prender com o laço pelas mãos ou patas dianteiras o animal que está correndo, atirando-lhe o pealo que o lança por terra. Figuradamente, armar cilada para apanhar alguém em falta, enganar, pegar de surpresa.
Pelechar: Mudar o animal de pêlo, o que acontece, geralmente, no princípio do verão.
Pereba: Ferida de mau caráter, de crosta dura, que sai geralmente no lombo dos animais. Mazela, sarna, cicatriz. Aplica-se, também, às feridas que saem nas pessoas. Figuradamente, ponto fraco. Var.: Pereva (parece provir do tupi-guarani, perebi, mancha de sarna).
Petiço: Cavalo pequeno, curto, baixo.
Picanha: uma nota do romance Divina Pastora, se lê a seguinte explicação: "É assim chamada a parte posterior da região lombar, onde há, no gado, grande acumulação de substância gordurosa." Nota-se que o melhor assado de couro é o da picanha
Piguancha: China, chinoca, caboclinha, moça, rapariga. Mulher de vida fácil.
Porongo: Cuia. Recipiente de barro, de louça ou de madeira, usado para se tomar mate.
Prenda: Jóia, relíquia, presente de valor.
Que Tal?: Tudo bem?
Queixo-Duro: Cavalo que não obedece facilmente a ação das rédeas.
Quero-Mana: Denominação de antigo bailado campestre, espécie de fandango. Canto popular executado ao som de viola.
Qüera: Homem destemido, desabusado; pessoa valente.
Querência: (Do cast. Querencia) lugar ou paragem onde o animal assiste de ordinário ao pasto, ou onde foi criado. Lugar onde nasceu, se criou ou mora alguém, os pagos.
Querenciar: Fazer parar com gosto, fazer entreter


Rebenque: Chicote curto, com o cabo retocado, com uma palma de couro na extremidade. Pequeno relho.
Regalo: Presente, brinde.
Relho: Chicote com cabo de madeira e açoiteira de tranças semelhantes a de laço, com um pedaço de guasca na ponta.
Reponte: Ato de tocar por diante o gado de um lugar para o outro.
Repontar: Tocar o gado por diante de um lugar para outro.
Renguear: Claudicar dos membros posteriores, coxear, caminhar arrastando uma perna. Tornar rengo um animal ou uma pessoa.
Sair Fedendo: Fugir à disparada.
Sanga: Pequeno curso d'água menor que um regato ou arroio.
Selin: Sela própria para uso da mulher.
Sesmaria: Antiga medida agrária correspondente a três léguas quadradas, ou seja a 13.068 hectares. São 3000 por 9000 braças, ou 6.600 por 19.800 metros, ou ainda, 130.680.000 metros quadrados.
Soga: Corda feita de couro, ou de fibra vegetal, ou ainda de crina de animal, utilizada para prender o cavalo à estaca ou ao pau-de-arrasto, quando é posto a pastar. Corda de couro torcido ou trançado, que liga entre si as pedras das boleadeiras. O termo é usado também em sentido figurado.
Surungo: Arrasta pé, baile de baixa classe, caroço.
Sarandi: Terra maninha.
Taco: Diz-se ao indivíduo capaz, hábil, corajoso, guapo.
Taipa: Represa de leivas, nas lavouras de arroz. Cerca de pedra, na região serra
Tala: Nervura do centro da folha do jerivá. Chibata improvisada com a tala do jerivá ou com qualquer vara flexível.
Talagaço: Pancada com tala. Chicotaço.
Talho: Ferimento.
Tapera: Casa de campo, rancho, qualquer habitação abandonada, quase sempre em ruínas, com algumas paredes de pé e algum arvoredo velho. Diz-se da morada deserta, inabitada, triste.
Tchê: Meu, principalmente referindo-se a relações de parentesco.
Tirador: Espécie de avental de couro macio, ou pelego, que os laçadores usam pendente da cintura, do lado esquerdo, para proteger e o corpo do atrito do laço. Mesmo quando não está fazendo serviços em que utilize o laço, o homem da fronteira usa, freqüentemente, como parte da vestimenta, o seu tirador, que por vezes é de luxo, enfeitado com franjas, bolsos e coldre para revólver.
Tosa: Tosquia, toso, esquila.
Tradição Gaúcha: Vocábulos usados no plural, significando o rico acervo cultural e moral do Rio Grande do Sul no campo literário, folclórico, musical, usanças, adagiário, artesanato, esportes e atividades culturais.
Tranco: Passo largo, firme e seguro, do cavalo ou do homem.
Tramposo: Intrometido, trapaceiro, velhaco.
Trem: Sujeito inútil.
Três-Marias: Boleadeiras.
Tronqueira: Cada um dos grossos esteios colocados nas porteiras, os quais são providos de buracos em que são passadas as varas que as fecham.
Tropeiro: Condutor de tropas, de gado, de éguas, de mulas, ou de cargueiros. Pessoa que se ocupa em comprar e vender tropas de gado, de éguas ou de mulas. Peão que ajuda a conduzir a tropa, que tem por profissão ajudar a conduzir tropas. O trabalho do tropeiro é um dos mais ásperos, pois além das dificuldades normais da lida com o gado, é feito ao relento, dia e noite, com chuva, com neve, com minuano, com soalheiras inclementes, exigindo sempre dedicação integral de quem o realiza.
Trovar: conversar, prosear.
Taura: valente, arrojado, destemido, pessoa que está sempre disposta a tudo.
Tentos: Pequenas tiras de guasca presas a duas argolas existentes na parte posterior do lombilho, de um e outro lado, às quais se amarram o poncho, o laço, ou qualquer coisa que se queira conduzir à garupa.
Uma-de-pé: Uma briga, conflito, luta.
Usted: Você. Usado só na fronteira.
Vacaria: Grande número de vacas. Grande extensão de campo que os jesuítas reservavam para criação de gado bovino.
Varar: Atravessar, cruzar.
Vareio: Susto, sova, surra, repreensão.
Vaza: Vez, oportunidade.
Vil: Covarde, desanimado, fraco.
Vivente: Pessoa, criatura, indivíduo.
Xepa: Comida.
Xerenga: Faca velha, ordinária.
Xiru: O mesmo que chiru.
Xucro: Diz-se ao animal ainda não domado, bravio, arrisco.
Zarro: Incômodo, difícil de fazer, chato.
Zunir: Ir-se apressadamente.


Abraço!

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A CEGUEIRA DA IMPRENSA ESQUERDA MUNDIAL

Nem vou traduzir... está na cara