Não é possível que os "gestores" de escolas públicas e os "gestores" de coordenadorias regionais de educação não tenham discernimento para fazer com que os livros didáticos, necessários aos alunos cheguem aos mesmos em número suficiente. Não quero crer que seja tão somente a roubalheira desenfreada dos políticos (leia-se deputados, ministros, secretários, etc...) o motivo da falta de livros na rede pública de ensino. Nesta receita macabra estão os "ingredientes": incompetência, inércia, comodismo, descaso, ignorância e falta de comprometimento com as funções que os gestores de escolas e CREs desempenham.
Falta vergonha, vontade, conhecimento ou competência, são todos muito coesos para dar explicações (das mais esdrúxulas) e cobrar melhores salários mas, pelo visto, o que alguns destes "profissionais" recebem já é até demais se comparado com seus opacos desempenhos a frente de suas escolas, professores e alunos. Cobrar salário dígno é tão necessario, e dígno, quanto oferecer condições de aprendizado a seus alunos, acomodações adequadas, livros, carteiras, cadeiras, salas de aula ventiladas e iluminadas adequadamente, ginásios esportivos, quadras, pistas de atletismo, em fim, condições adequadas às necessidades dos alunos e professores, não esta fiasqueira que estamos anestesiados de assistir na grande maioria dos estabelecimentos de ensino público.
Não há sequer transporte seguro para alunos de muitas localidades do interior, que não tem outra opção a não ser arriscar a vida em verdadeiras traquitanas ambulantes. Em algumas cidades do nordeste, o correto seria chamar de senzala, fornos, possilgas e não sala de aula, são condições só vista no Haiti, é inexplicável que isto tudo aconteça em um país que pretende ser considerado, e reconhecido, uma potência, a continuar assim eu acho muito difícil que isto aconteça a médio prazo. Sem educação, conhecimento e formação adequada não se chega a lugar nenhum.
Só esperar pelo "findi" ou que as coisas se resolvam por si só é utopia e comodismo, dizer que não adianta tentar fazer com que as coisas funcionem como deveriam é coisa de fracassado sem perspectiva de futuro, isto não é o que um profissional da educação deve passar a seus alunos, jamais. Se pisar em uma formiguinha é até imperceptível, pisar em um formigueiro já são outros quinhentos, quero dizer com isto que se houver união e a cobrança for enfática e numerosa, por certo que as coisas começaram a tomar um rumo bem mais condizento com tudo aquilo que todos nós desejamos. Por tanto, chega de reclamar, hora de agir, se posicionar com seriedade em detrimento de tudo aquilo que é direito de alunos e professores: DIGNIDADE!Abraço.
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