NA CONTRA MÃO DO PLANETA

Enquanto o globo evolui, ou tenta, o Brasil regride com uma velocidade impressionante, é espantoso observar a inversão de valores, a banalização da violência, a incapacidade dos agentes públicos para gerir o sistema como um todo, o que mais impressiona é quando tratamos dos assuntos presídios e justiça.

Ao longo dos anos nada se fez em relação a estrutura carcerária, não se construiu presídios, não se fez nada em relação à ociosidade dos detentos, os quais estão mais para "hóspedes" do que para apenados. A massa carcerária está "parasitando", não trabalha, não produz, tem todo um sistema organizado para conseguir drogas, armas e telefones celulares, são protegidos por segurança estatal ou privada, resumindo, os apenados tem na realidade uma vasta estrutura a seu serviço, a serviço do crime organizados, as prisões são na realidade escritórios fortalezas, com advogados e parentes servindo de "boy" para levar e trazer recados ou ordens para execuções de crimes fora das cercanias do "escritório fortaleza". De dentro das "prisões" são comandados assaltos, sequestros, assassinatos, trafico de drogas e de armas, servidores são corrompidos ou coagidos a cumprir ordens dos comandantes de facções.

Não quero e nem dá para generalizar, nem todos os servidores são corruptos ou se curvam às vontades do crime, pagam um preço alto por isso, mas podem sentar à mesa com sua família sem medo de olhar nos olhos de todos, não necessitam andar de cabeça baixa na rua ou onde quer que seja. Estes são relegados ou perseguidos pelos seus superiores ou "colegas" bandidos e corruptos.

O caso de Natal-RN, o presídio de "segurança máxima" (kkkk) Alcaçuz para ser mais específico, demonstra o quando o estado é incompetente, ou pior, conivente com a situação de balbúrdia, desordem e anarquia instalada em todo o sistema carcerário do país. Será que existem pessoas suficientemente estúpidas para acredita que as penitenciárias deste país não estão a serviço do crime organizado? Só uma questão: Por que diabos nossos "legisladores" não alteram a lei de execução penal? " hai interés?"  Temos três opções que explicariam toda a situação atual e a inércia em relação aos presídios e seus "hóspedes":

1. Corrupção. Todo o sistema está até o pescoço envolvido com a criminalidade, recebendo "mesada" para fazer vista grossa para entrada de tudo que é ilegal ou irregular entrar nas penitenciárias, e olha que tem entrada até colchão de casal de última geração nos presídios, coisa difícil de visualizar e impedir a entrada.
2. Medo. Os "capos" do crime organizado, encarcerados ou não, estão mantendo sob ameaça   funcionários ( e familiares) ligados ao sistema penitenciário, já que o estado é incapaz de proteger seus servidores .
3. Incompetência. São nomeados secretários de segurança e diretores de presídios que não conseguem gerir a própria casa, na realidade é quem menos fala e o que mais apanha dentro de casa.

Na minha modesta e humilde opinião é o conjunto das três opções acima relacionadas, só isso explica a total falta de controle da situação dos presídios no Brasil. Não é possível que uma pessoa preparada, honesta e destemida não consiga controlar e gerir uma penitenciária, onde tem à sua disposição um prédio, teoricamente, guarnecido por muros e agentes da lei armados (policiais militares e agentes penitenciários). Alguém determina o que fazer dentro de uma prisão, impõem ordem e respeito, por bem ou por mal, e pelo visto quem está fazendo isso são os chefes das facções, mandam retirar este ou aquele grupo ou apenado, determinam quem entra ou sai da penitenciária, se rebelam, acabam com um bem público e depois, de tudo quebrado ou queimado, o estado vai lá e conserta tudo de novo, outra, se morreu algum apenado as famílias são indenizadas com dinheiro público, nosso dinheiro. Em resumo, estamos trabalhando e pagando altos impostos para sustentar políticos e bandidos encarcerados, a única distinção possível entre políticos e apenados é o local de "expediente", enquanto uns dão expediente de dentro do "presídio" os outros dão expediente em gabinetes em Brasília e por todos este país onde exista políticos e cargos de comissão/confiança!

Abraço!